quarta-feira, 30 de outubro de 2013

O linguista



Demolidor! Ou, segundo Abel Xavier, demole-a-dor. Assim se pode adjectivar (adectiva-o-ar?) o histórico colóquio daquele que ameaça ser o mais brilhante linguista português desde Jorge Jesus. António Emiliano, Óscar Lopes e até Noam Chomsky já sublinharam que as iluminadas observações do agora ex-treina-a-dor do Olhanense vêm revolucionar (revoluciona-o-ar?) não apenas a Etimologia, como o próprio sentido do mundo que nos é dado a observar (observa-o-ar?).
Por exemplo, da próxima vez que entrar (entra-o-ar?) no seu prédio, vá pelas escadas - ao contrário do que pensa, a opção mais habitual apenas eleva-a-dor.
Esqueça as aspirinas, brufens e todas essas merdas que nas farmácias nos impinge o vende-a-dor (como é que não fomos capazes de perceber isto? Cooooomo?!) - se sofre de alguma maleita dirija-se à Staples. É o sítio onde mais facilmente encontrará um apaga-a-dor. Aproveite que lá vai e, p'lo sim, p'lo não, adquira um agrafa-a-dor, um fura-a-dor e um marca-a-dor. Certamente que a partir de agora lhes descobrirá novas funcionalidades.
E quando voltar (volta-o-ar?) a ter comichão, arme-se em caruncho e encha a barriga com o parquet da sala. Pode ser que passe.